3 de março de 2013

Camisa velha


Em alguns momentos somos obrigados a fazer definições. Precisamos definir do que realmente gostamos, do que nos agrada, do que não nos agrada, e até do que não nos faz feliz. Mas há momentos ainda mais específicos, aqueles períodos de transição, em que temos que definir o que ainda serve para nós, e o que já não serve mais.

Tem coisas que, de alguma forma, sabemos que não são condizentes com nossa atual situação. Só que somos tão acostumados àquilo, ficamos tão apegados, que continuamos a carregar aquilo conosco, sem nem pensar duas vezes. É como aquela sua camisa favorita, que você comprou há três anos. Quando você a comprou ela estava perfeita, seu tom azul marinho era fantástico, seu tecido, então, o melhor! Hoje, o seu azul está completamente desbotado, o tecido está cheio de buracos e rasgos, de tanto a usar, e ela está bem menor. Ela não cabe mais em você. Você cresceu.

Mas aquilo está na sua zona de conforto, seria loucura tirá-lo de lá, não é mesmo? A questão é o quanto você precisa se impor por você mesmo. Há coisas que devemos deixar para trás, por mais que não queiramos. Uma vez que sabemos que aquilo não cabe mais em nenhum espaço da nossa vida, é preciso largar, deixar seguir seu curso natural. É doloroso, mas necessário.

Soltar e deixar ir.

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